sábado, abril 29, 2006
terça-feira, abril 04, 2006
amarga. amêndoa.
e os estalos a soar na casa....
já não ligo.
eu sei que há dois estalos quando me rendo ao sono.
dois estalos que resistem até ao meu esgotamento. o pior é quando são três. três estalos ou quatro são suficientes para o meu desassossego. a casa estalo e eu tremo.
mas entre isto há espaço em branco. o eterno enforcamento imaginado.
ou como a erecção do enforcado, imaginada, dos que esperam o filho da puta do Godot.
como um balão de hélio.
trazemos na mão um fóssil preso ao céu.
e há um espaço em branco entre isto e o escutar a sinfonia divina.
e eu não acredito em deuses.
e os que arrogam lugar divino são severamente castigados - existem para sempre em cânticos e lamentos...
... como os corpos... nas margens de Salamina ( não me canso de dizer...insisto nesta imagem que me veio tão clara...)....como ondas mortas...
sim, como ondas mortas - contornos brancos de espuma.
Quando o homem, sentado, não ouve mais que não as estrelas
e um escutar imperceptível
de espinhos e forma lunar se impõe na noite -
de vidros e sangue sobre o mar.
Nunca pensei nada. Nunca disse nada.
Resta-me o afago terno do dia em que disse sim.
Sim à vida.
E neguei tudo.
Tudo.
Neguei tudo antes de o poder.
Antes do poder.
São tantos azuis...
são tantos azuis tão perto deste mar que eu nunca vejo.
Deste mar de que eu fujo.
Deste mar que eu extingo.
Eles lêm e eu não entendo.
Eles dizem e eu não comento.
Eles dizem e e não quero.
Eles persitem e eu sou a linha.
Há-de haver coragem nos contornos do pôr do sol que me inventei.
"Tenho uma pérola no coração (...) e não tenho a quem a deixar"
Al Berto
já não ligo.
eu sei que há dois estalos quando me rendo ao sono.
dois estalos que resistem até ao meu esgotamento. o pior é quando são três. três estalos ou quatro são suficientes para o meu desassossego. a casa estalo e eu tremo.
mas entre isto há espaço em branco. o eterno enforcamento imaginado.
ou como a erecção do enforcado, imaginada, dos que esperam o filho da puta do Godot.
como um balão de hélio.
trazemos na mão um fóssil preso ao céu.
e há um espaço em branco entre isto e o escutar a sinfonia divina.
e eu não acredito em deuses.
e os que arrogam lugar divino são severamente castigados - existem para sempre em cânticos e lamentos...
... como os corpos... nas margens de Salamina ( não me canso de dizer...insisto nesta imagem que me veio tão clara...)....como ondas mortas...
sim, como ondas mortas - contornos brancos de espuma.
Quando o homem, sentado, não ouve mais que não as estrelas
e um escutar imperceptível
de espinhos e forma lunar se impõe na noite -
de vidros e sangue sobre o mar.
Nunca pensei nada. Nunca disse nada.
Resta-me o afago terno do dia em que disse sim.
Sim à vida.
E neguei tudo.
Tudo.
Neguei tudo antes de o poder.
Antes do poder.
São tantos azuis...
são tantos azuis tão perto deste mar que eu nunca vejo.
Deste mar de que eu fujo.
Deste mar que eu extingo.
Eles lêm e eu não entendo.
Eles dizem e eu não comento.
Eles dizem e e não quero.
Eles persitem e eu sou a linha.
Há-de haver coragem nos contornos do pôr do sol que me inventei.
"Tenho uma pérola no coração (...) e não tenho a quem a deixar"
Al Berto
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