Ora bem....como é que eu digo isto.... (assim sem descer a um nível muito baixo e lixar definitivamente as eventuais visitas a este blog por parte do cidadãozito cansadito, que vem do seu trabalhito, chateadito, deprimidito e só quer ler um blogzito catita, esboçar um sorrisito...) N' A Visão desta semana ( na página "Os outros"), com fotografia e tudo (para realizar e contextualizar facialmente a evidência da coisa), vem a resposta de uma brilhante jovem portuguesa à qual, antes da partida turística para a Tailândia, "foi-lhe perguntado se estava triste com a situação criada pela catástrofe natural". A Dulce Ferreira, a brilhante jovem, responde : "sim, claro, agora já não vou ter todas as condições de férias que iria ter se por acaso não tivesse acontecido nada disto. Por outro lado, estou contente, porque vejo as coisas mais ao natural, como elas são." Eu digo, então: Mas que merda é esta, pá?!?! Ó Dulce, vai fazer extensões no cabelo e pintar as unhas com verniz cor-de-rosa! Porque, sim Dulce, eu sou da tua idade, eu estudo como tu, eu voto como tu, eu tenho uma camisola igual à tua. Eu sou igual a ti, Dulce. Aos olhos da lei, aos olhos dos mais velhos, dos mais novos e dos da nossa tribo, nós somos iguais. Somos postas na mesma prateleira, com o mesmo rótulo "a juventude portuguesa". Aos olhos do mundo, somos portuguesas. A diferença, Dulce, é que tu és estúpida. Ou então, muito malcriada. E eu não quero ser do mesmo grupo que tu. Eu não quero ser tua colega de trabalho, daqui a uns anos, eu não quero ser tua vizinha e, principalmente, eu tenho pena de tu seres minha compatriota (mas parece que tem de ser, né?). Desculpa, Dulce, mas é por causa de gente como tu ( e de quem te ensinou a ser assim) que não conseguimos ser levados a sério. Nem enquanto geração, nem enquanto força, nem enquanto pessoas, nem enquanto seres humanos. O problema, Dulce, é que tu não percebes que somos todos responsáveis uns pelos outros. Tu não me conheces. Mas és responsável também por mim. sabes? E eu, infelizmente, também sou responsável por ti. Individualmente, podemos fazer a diferença colectivamente. Tu, podias começar por olhar bem para ti para "ver as coisas mais ao natural". E ter vergonha. Muita vergonha. Ah! E se me vires na rua, vem pedir-me desculpa! |
sexta-feira, janeiro 07, 2005
Vale a pena?
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2 comentários:
É ISSO PÁ; É ISSO!
Estamos fartos desses estigmas redutores da juventude enquanto massa homogénea de seres mais-ou-menos pensantes sem ideais por que lutar e cheios de complexos urbanos latentes.
E já agora, remeto-te para aqui onde a nossa amiga é considerada a "Idiota do Ano 2004".
Beijinhos aqui de baixo.
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