...por essa altura, a lagarta andava já encolhida de frio, arrastando-se sob o peso das malhas e das meias. Agulhas número 5/2, o monstro metálico no centro do cogumelo, infusões de tédio e preguiça (...) Não lhe saía da cabeça o boneco de neve de tófu, com o nariz acenourado. E o senhor que dizia, exaltado, à senhora de telemóvel ao pescoço - "Que horror! Mesmo ao pé do chakra do coração!!". A lagarta pensou, indolente, sobre o assunto, durante toda a rua. Ao chegar perto do cogumelo, desapertou um botão do primeiro casaco e suspirou. As coisas estão sempre sobrepostas. E o néon já não é o que era...
sábado, dezembro 10, 2005
Diários da Lagarta III
...por essa altura, a lagarta andava já encolhida de frio, arrastando-se sob o peso das malhas e das meias. Agulhas número 5/2, o monstro metálico no centro do cogumelo, infusões de tédio e preguiça (...) Não lhe saía da cabeça o boneco de neve de tófu, com o nariz acenourado. E o senhor que dizia, exaltado, à senhora de telemóvel ao pescoço - "Que horror! Mesmo ao pé do chakra do coração!!". A lagarta pensou, indolente, sobre o assunto, durante toda a rua. Ao chegar perto do cogumelo, desapertou um botão do primeiro casaco e suspirou. As coisas estão sempre sobrepostas. E o néon já não é o que era...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário