terça-feira, dezembro 20, 2005

Há coisas [tão estupidamente] fascinantes V

A polícia portuguesa não deixa de me surpreender pela negativa (eu sei que generalizar não é correcto, porque há agentes de autoridade muito bons e prestáveis. eu é que ainda não tive a sorte de ver conhecer nenhum assim.).
Ia eu a descer, há dias, a rua mais pacata de Lisboa, para tomar o meu cafezinho matinal, quando dou com um grande amigo meu, atarefadíssimo, a mudar o pneu do carro de uma loiraça com um ar um pouco badalhoco. O carro estava estacionado. O meu amigo, a transpirar, muito vermelho, lá fazia o que podia para desatarrachar as porcas. Depois, antes de passar à fase do macaco, eis que surge uma carrinha com cerca de oito senhores agentes de autoridade. Param e sorriem (tão divertidos!). Nenhum saiu do carro para ajudar. Nenhum perguntou se o "amigo" queria uma mãozinha (note-se que nem sendo uma loiraça a proprietária do veículo).
Mas souberam perguntar, anasaladamente, como se espera de um bom polícia, "Ah e tal, e o colete, minha senhora? Porque não tem o colete posto?".

Sim! Pergunto eu, porque não tinha a senhora (ou o "amigo") o colete reflector posto, ao meio-dia, no meio de um passeio lisboeta, a um domingo?

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