terça-feira, março 21, 2006

dois poemas

Neste dia, dois poemas...

(um geral....)




A Poesia tem pés de terra.
Quando a atiramos para o céu
fica só e transida
no meio das estrelas
- a chorar com saudades dos homens
e da morte.
José Gomes Ferreira
(e um que me acompanhou o dia todo. Aqui, despido de guitarras)
O Tejo
Madrugada,
descobre-me o rio
que atravesso tanto
para nada;
E este encanto,
prende por um fio,
é a testemunha do que sei dizer.
E a cidade,
chamam-lhe Lisboa
mas é só o rio
que é verdade,
só o rio,
é a casa de água,
casa da cidade em que vim nascer.
Tejo, meu doce Tejo, corres assim,
corres há milénios sem te arrepender,
és a casa de água onde há poucos anos eu escolhi nascer.
Pedro Ayres Magalhães

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